Israel Souza (morador)
Como planejado, ontem, dia 15, os moradores do 6 de Agosto fomos à Assembleia Legislativa do Acre (ALEAC). Fomos expressar nossa insatisfação com a “intervenção” governamental no bairro. Um grupo de deputados no recebeu: Major Rocha, Moisés Diniz, Thê e Pereira. Solidarizaram-se conosco, disseram compreender nossas razões e reconheceram falhas na condução do processo.
Moisés Diniz, líder do governo na ALEAC, marcou uma reunião com os secretários do governo responsáveis pela “intervenção”. Em muitos aspectos, a reunião foi satisfatória. Diminuíram nossa principal inquietação, fruto das seguintes dúvidas: 1) todos são obrigados a sair, mesmo os que não querem?; 2) e, se forem, serão obrigados a aceitar uma casa que não nos daria as condições que hoje temos ou a aceitar uma indenização (caso tenha) de 3.000 (três mil reais) em tudo o que temos?
Vale reiterar que essas dúvidas foram resultado de silêncios e informações desencontradas por parte do governo e não por parte dos moradores e de gente da oposição. Os representantes do governo, os que procuramos num primeiro momento, não deram as informações que queríamos. Até nos preocuparam mais ainda, dizendo que “num primeiro” sairiam apenas as pessoas que aceitaram sair, mas que os que não queriam seriam procurados para “uma conversa, depois”. Que conversa era essa e quais seus termos foram as coisas que passaram, então, a nos preocupar.
Na conversa de ontem, os secretários nos asseguraram que somente as pessoas que querem sair sairão, que as que não querem sair não sairão. Isso nos tranquilizou, em parte. Digo em parte porque disseram não ter ainda todas as respostas, nem tinham ainda um projeto definido para a área. Essa não é uma questão menor, posto que, dependendo do projeto, os moradores que ficarem podem ser por ele impactados, ninguém sabe como, mas poderia ocorrer. Pediram-nos, entretanto, um voto de confiança e empenharam sua palavra no que ali foi dito.
Faremos isso, daremos a eles o voto de confiança pedido. Mas, por sabermos de outras “intervenções”, realizadas em outros bairros, estaremos atentos ao andamento dos fatos. E se preciso for...
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