terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Moradores do 6 Agosto fecham 4ª ponte contra a retirada de famílias pelo governo

 Israel Souza, morador
Desde setembro o governo vem retirando famílias do Bairro 6 de Agosto, área próxima à 4ª ponte e aos viadutos recém-construídos. Desde lá, a comunidade se organizou para cobrar satisfação dos representantes estatais acerca do que eles iriam fazer na área, para onde iriam as família retiradas e se aqueles que não queriam sair não sairiam. 
Por todos os meios e, obstinadamente, os representantes do governo se negavam fazer uma assembleia na comunidade. Sob pressão aceitaram fazer. Marcamos então uma assembleia para novembro passado, para um dia de sábado, quando a população poderia participar. Para a reunião viria também uma representante do Ministério Público, a promotora Rita de Cássia. Na sexta-feira que antecedia o encontro, alguém do governo ligou para os representantes dos moradores e disse que a reunião não poderia ser naquele sábado, porque o secretário Antônio Torres e a promotora não podiam, tinham compromissos. 
Diante disso a reunião foi suspensa. Mais de um mês se passou e a equipe do governo não marcou outro dia para a assembleia. Os representantes dos moradores procuraram o Ministério Público outra vez. E lá, em conversa com a promotora Rita de Cássia, souberam que a equipe do governo havia mentido. Ligaram para a promotora na véspera da assembleia e, sem justificativa, disseram que o encontro havia sido desmarcado. Depois ligaram para os representantes dos moradores e disseram que a promotora e o secretário é que não podiam participar.
O que o governo teme? Por qual motivo ele se nega a fazer uma assembleia na comunidade? Os moradores resolveram agir de maneira mais contundente. Então, ontem, 19/12/2011, fechamos a 4ª ponte por mais de uma hora (veja fotos a seguir). Um assessor do governo lá apareceu e marcamos uma reunião para hoje, 20/12/2011, às 5 da tarde, na praça que fica logo na saída da 4ª ponte.
O que eles irão nos dizer? Vão fazer um conjunto de promessas para depois descumprir a todas, como tem sido feito até aqui? Talvez sim. Os moradores, porém, já cansamos disso. Estamos dispostos a radicalizar ainda mais, caso esse encontro não resulte em algo favoravelmente concreto para nós.            

Nenhum comentário: