Os muitos casos de morte, morte deixada morrer ou matada, de crianças indígenas no Brasil, especialmente no Acre, nos leva a questionar qual o valor da vida, em um país em que um boi vale mais que uma criança e, se for criança indígena então, o boi vale muuuuiiiito mais.
O infanticídio indígena, longe do que pensa o Deputado Henrique Afonso (PV AC), é tarefa de órgãos oficiais. O Estado Brasileiro é genocida, etnocida e infanticida desde sua criação que, aliás, nasce da invasão e matança dos povos indígenas que aqui viviam. Este mesmo estado permanece até os dias de hoje e com forte tendência ao crescimento do genocídio.
Veja o caso da PEC 215/00, que prevê que o Congresso Nacional dê a palavra final sobre a demarcação de terras indígenas, quilombolas e áreas de preservação. Isso para que aumentem as possibilidades e os mecanismos de morte contra os povos indígenas e quilombolas. O Estado brasileiro, quando não mata deixa morrer.
O pior, e eu não posso polpar o Deputado Henrique Afonso, é que as posturas antiindígenas são manifestas em todos os poderes. Vejam o caso do famigerado Projeto de Lei 1057/07, do Deputado Henrique, que ainda acusa os povos indígenas de infanticidas e os trata como criminosos. Quem são mesmo os criminosos, Deputado?
O Deputado Henrique era do PT e agora, pasmem, está do PV. Eu já o desafiei a provar a existência de um único povo indígena aqui no Acre que pratique o infanticídio, já que ele é Deputado pelo Estado do Acre e o que se espera é que conheça os povos do Estado que o elegeu.
Ele não pode provar! sabem porque? não há.
Infanticida no Brasil é o Estado com todos os seus poderes!
Blog do Padilha
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