quinta-feira, 8 de março de 2012

Homenagem às Mulheres

Qualquer coisa
Israel Souza
 
Entre o sorriso e o choro,
Há qualquer coisa de forte nela.
Qualquer coisa que, sem fronteiras,
Se permite ser e transborda de si mesmo.



Há qualquer coisa que o olhar insinua.
Entre a alma fugidia e a
Pele nua.
Qualquer coisa que não se pode denominar.
Coisa que não cabe em palavra.

Há tanto sangue pulsando...

Ela parece, às vezes, não
Perceber o desejo desperto.
Parece mesmo
Zombar da fúria do mundo.
Mas há qualquer coisa entre
Os punhos e o perfume...

Aos poucos e aos punhados,
Há qualquer coisa...
Carne com fome, coisa sem nome...
Qualquer coisa... qualquer coisa...

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