A
tantos te deste amar,
Mesmo
sem amor.
Há
amor maior que o teu?
A
tantos te entregaste,
Sem
a ninguém possuir.
Há
solidão maior que a tua?
Quantos
te visitaram o íntimo
Sem
ao menos te olhar aos olhos?
Quantos
de ti se enojaram
Depois
do sublime ou bizarro amor?
Quanto
deles em ti ficou?
Quanto
de ti neles ficou?
A
carne em que habitas
Não
é tua.
Para
a dor que sentes
O
mundo é dormente.
Embora
grande, é tua.
Só
tua.
Tua
cruz é solidão
Sem
Cireneu
ao largo da via crucis.
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