domingo, 20 de maio de 2012

Serenidade

Serenidade
Israel Souza

Também tenho, às vezes,
Vontade de amar,
Amar sem reservas e sem medidas.
Vontade de verter no amor, e de uma só vez,
Todo meu sangue.
De sorver, numa entrega que é plena posse,
Toda tua alma.
 
Então tenho medo.
Medo de me ferir e me perder,
De suportar, aos ombros,
O fardo do abandono e da solidão.
A vida é tão errática!...
Nela tudo é tão real;
Não há ensaios,
E nunca estamos suficientemente preparados...

Serenidade, pequena.
Sofrer, amar, morrer
É coisa que só aos vivos ocorre.

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